quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Fundos Imobiliários de Papel ou de Tijolo: Entenda as Diferenças Antes de Investir

 


Fundos imobiliários de papel x fundos de tijolo: qual a diferença?

Os fundos imobiliários (FIIs) vêm se consolidando como uma das principais alternativas para quem busca renda passiva mensal e diversificação na Bolsa de Valores. No entanto, ao começar a estudar esse mercado, é comum surgir a dúvida: qual a diferença entre fundos imobiliários de papel e fundos de tijolo? Apesar de ambos fazerem parte do mesmo segmento, eles funcionam de formas bastante distintas e respondem de maneira diferente às mudanças da economia.

Neste artigo completo, você vai entender em detalhes o que são os fundos de papel e os fundos de tijolo, como cada um gera renda, quais são seus riscos, vantagens e em quais cenários cada tipo tende a ser mais interessante para o investidor.


O que são fundos imobiliários de tijolo?

Os fundos imobiliários de tijolo investem diretamente em imóveis físicos, o fundo é o proprietário desses bens. Esses imóveis são alugados para empresas ou instituições, e o valor recebido com os aluguéis é distribuído aos cotistas na forma de dividendos, geralmente de maneira mensal. os FIIs são obrigados por lei a pagar 95% dos seus lucros para seus cotistas.

Esse tipo de fundo está diretamente ligado ao mercado imobiliário tradicional, sendo impactado por fatores como demanda por imóveis, localização, qualidade do ativo e saúde financeira dos inquilinos.

 Principais tipos de imóveis nos FIIs de tijolo

Os fundos de tijolo podem investir em diferentes segmentos, como: 

Terras agrícolas; 

. Galpões logísticos e centros de distribuição;

. Shoppings centers;

.  Lajes corporativas (prédios comerciais e escritórios);

. Hospitais e clínicas;

. Agências bancárias e imóveis educacionais; 


Vantagens dos fundos de tijolo

 Entre os principais pontos positivos dos FIIs de tijolo, destacam-se:

. Renda atrelada a ativos reais, o que traz maior tangibilidade ao investimento;

. Contratos de aluguel reajustados pela inflação, como IPCA e IGP-M, ajudando a preservar o poder de compra; e geralmente são contratos atípicos;

. Potencial de valorização dos imóveis ao longo do tempo; FII pode vender o imóvel e repassar o lucro para seus cotistas;

. Maior previsibilidade de receitas quando os contratos são longos e com bons inquilinos.


 Riscos dos fundos de tijolo

 Apesar das vantagens, esses fundos também apresentam riscos importantes:

. Vacância física e financeira;  FÍSICA: quando o imóvel fica sem inquilino; FINANCEIRA: o inquilino não está pagando o aluguel;

. Renegociação ou rescisão de contratos de aluguel; geralmente os inquilinos tem que comunicar o fundo que ele estará saindo do imóvel caso contrário irá ter que pagar uma multa, está no contrato;

. Custos de manutenção, reformas e adaptação dos imóveis;

. Dependência do ciclo econômico e do mercado imobiliário. Como: a taxa de juros 


O que são fundos imobiliários de papel?

Os fundos imobiliários de papel não investem diretamente em imóveis físicos. Em vez disso, aplicam seus recursos em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, sendo o principal deles os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários). Indexados ao CDI, IPCA, IGP-M, entre outros.

Na prática, esses fundos funcionam como financiadores de projetos imobiliários. Eles emprestam dinheiro para incorporadoras, construtoras ou empresas do setor e recebem juros em troca. Esses juros são a base dos dividendos pagos aos cotistas.


Principais ativos dos fundos de papel

Os FIIs de papel costumam investir em:

. CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários); mais comum;

. LCIs (Letras de Crédito Imobiliário);

. LHs (Letras Hipotecárias);

. Outros títulos relacionados ao crédito imobiliário.


Vantagens dos fundos de papel

Os principais benefícios desse tipo de fundo incluem:

. Rendimentos mais previsíveis, pois os contratos de crédito já definem taxas e prazos;

. Ausência de risco de vacância física, já que não há imóveis físicos;

. Boa proteção contra inflação e juros, dependendo do indexador do CRI;

. Distribuição de dividendos geralmente mais estável no curto prazo.


Riscos dos fundos de papel

Por outro lado, os FIIs de papel também possuem riscos específicos:

. Risco de crédito, que é a possibilidade de inadimplência do devedor; no caso não pagar à dívida comprometendo o pagamento dado aos cotistas;

. Sensibilidade às variações da taxa de juros; se a SELIC baixar irá pagar menos e se aumentar paga mais;

. Dependência da qualidade da gestão e da análise de crédito feita pelo fundo;

. Concentração excessiva em poucos devedores ou setores.


Principais diferenças entre fundos de papel e fundos de tijolo


| Características           | Fundos de Tijolo          | Fundos de Papel        

| Tipo de investimento      | Imóveis físicos              | Títulos imobiliários   

| Fonte de renda              | Aluguéis                       | Juros de CRIs          

| Vacância                        | Existe                          | Não existe             

| Risco principal               | Falta de inquilino          | Inadimplência          

| Sensibilidade aos juros   | Menor                         | Maior                  

| Relação com inflação     | Reajuste de contratos   | Indexadores do crédito 


 Qual faz mais sentido para o investidor?

Não existe um fundo melhor de forma absoluta. A escolha entre fundos de papel e fundos de tijolo depende do perfil do investidor, do objetivo financeiro, do cenário econômico e você analisar os FIIs e comparar qual é o melhor de acordo com a sua análise.

 Em momentos de juros altos como está atualmente, os fundos de papel costumam se destacar, pois muitos CRIs são indexados ao CDI ou à inflação pagando uma rentabilidade maior que os de tijolos, entretanto os FIIs de tijolos estão mais descontados por conta da SELIC alta.

Em períodos de crescimento econômico e estabilidade, os fundos de tijolo tendem a se beneficiar com maior ocupação dos imóveis e valorização patrimonial. Além de pagar os aluguéis(corrigidos anualmente de acordo com a inflação) os FIIs de tijolos vendem seus imóveis e pagam aos seus cotistas(lembrando que 95% dos lucros dos FIIs são obrigatoriamente repassados aos seus cotistas). 

Por isso, muitos investidores optam por combinar os dois tipos de fundos na carteira, buscando equilíbrio entre previsibilidade de renda, proteção contra inflação e potencial de valorização.


Conclusão

Entender a diferença entre fundos imobiliários de papel e fundos de tijolo é fundamental para investir de forma consciente em FIIs. Cada categoria possui características próprias, riscos específicos e vantagens que podem ser exploradas de acordo com a estratégia do investidor.

Antes de investir, é essencial analisar o regulamento do fundo, a qualidade da gestão, os relatórios gerenciais e, principalmente, alinhar o investimento aos seus objetivos financeiros. Fundos imobiliários são excelentes para ter fluxo de caixa, se no mês você investe R$200,00, mas ganha R$30,00 com FIIs você estará investindo R$230,00 por mês, se reinvestir os dividendos.


Aviso: Este conteúdo tem caráter educativo e não constitui recomendação de investimento.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Como Organizar suas Finanças em 2025 e Começar a Investir Mesmo com Pouco Dinheiro


Organizar as finanças pessoais é o primeiro passo para quem deseja começar a investir e construir um patrimônio sólido
. Em 2025, com a inflação mais controlada, a taxa SELIC alta e maior acesso às plataformas digitais, ficou ainda mais fácil dar os primeiros passos mesmo com pouco dinheiro disponível. A seguir, você encontra um guia simples e eficiente para começar hoje.

1. Entenda para onde seu dinheiro está indo
Antes de investir, é essencial saber quanto você ganha e quanto gasta se você não sabe para onde está indo seu dinheiro um endividamento está próximo. Utilize uma planilha simples ou aplicativos gratuitos de controle financeiro EX; ExcelMobills, Organizze e Minhas Economias. O objetivo é identificar despesas desnecessárias para liberar mais dinheiro para investimentos. ORGANIZAÇÃO É TUDO. um exemplo de controle financeiro baseado no seu salário 

    . 65% despesas fixas (aluguel, luz, água, carro...)

    . 15% investimentos

    . 20% lazer (lanches, saídas, restaurante...)

     

2. Crie um fundo de emergência
Reserve de três a seis meses dos seus gastos básicos. Essa quantia funciona como uma proteção caso surja algum imprevisto, evitando que você precise interromper seus investimentos. no mínimo 3 meses de suas despesas fixas ex; se suas despesas fixas são R$1.500,00, sua reserva de emergência seria R$4.500,00

3. Comece com aportes pequenos
Muitos investidores iniciam com apenas R$ 20 ou R$ 50 por mês. Plataformas de investimento permitem comprar frações de fundos e ativos, o que democratiza o acesso ao mercado. Mas, aumente os aportes sempre que possível sua liberdade financeira irá chegar mais rápido.

4. Invista em produtos simples
Para quem está começando, ativos como Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e fundos imobiliários (FIIs) são boas alternativas. Eles oferecem segurança e previsibilidade, além de permitir aportes baixos. Além disso,  você irá fluxo de caixa com FIIs pois te pagam mensalmente fazendo com que você invista mais.

5. Reinvista seus ganhos
A chave do crescimento no longo prazo é o reinvestimento. Juros compostos trabalham a seu favor, acelerando a construção de patrimônio.

"Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Quem entende, ganha; quem não entende, paga". Albert Einstein. 

6. Acompanhe sua evolução
Revisite seu planejamento a cada três meses. Ajuste metas, aumente aportes quando possível e continue estudando sobre investimentos NUNCA PARE DE ESTUDAR VOCÊ SEMPRE TEM ALGO A APRENDER. Defina metas para o ano, como: "quero insvestir esse ano R$ 5.000,00", "quero que meu patrimônio esse ano seja de R$ 50.000,00" etc...

"Quanto mais você aprende, mais você ganha". Warren Buffet

Conclusão
Você não precisa ter muito dinheiro para começar. O mais importante é criar o hábito de investir, manter disciplina e ter constância. Em 2025, quem organiza suas finanças e utiliza as ferramentas disponíveis aumenta significativamente suas chances de conquistar estabilidade e independência financeira.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Tendências das Criptomoedas para 2026: O Que Esperar do Próximo Ciclo

 

 

Criptomoedas em 2026 – O que esperar do próximo ciclo?

Nos últimos anos, o mercado de criptomoedas passou por transformações profundas  regulamentações mais claras, adoção crescente por empresas globais, avanço das CBDCs e, claro, o impacto direto dos ciclos de halving do Bitcoin. Agora, olhando para 2026, o cenário aponta para um dos períodos mais interessantes da história do setor.

1. O pós-halving de 2024 ainda vai impactar 2026

Historicamente, o efeito do halving costuma ser sentido de 12 a 18 meses depois. Muitos analistas esperam que parte desse movimento se estenda até 2026, mas de forma menos explosiva. 
Tendência: mercado mais maduro, volatilidade ainda alta, porém com crescimento, de acordo com analistas Bitcoin irá aumentar de preço no próximo ano.

2. Ether e o avanço do staking

Com o modelo pós-Merge consolidado, o Ethereum tende a se fortalecer como o principal ecossistema de contratos inteligentes. Moeda conhecida como: o "combustível" para transações e aplicativos descentralizados (DApps), sendo uma rede essencial para contratos inteligentes, NFTs e DeFi, muito além de ser apenas uma moeda digital. 
• Staking deve continuar atraindo investidores institucionais.
• Redução gradativa das taxas graças às soluções de camada 2 (L2).
• Expansão de aplicações baseadas em inteligência artificial e tokenização.

3. Tokenização de ativos vai ser o grande motor de 2026

Governos e bancos estão cada vez mais interessados na tokenização de títulos, imóveis e ativos financeiros tradicionais. Além de empresas usar o Bitcoin como reserva.
A expectativa é que em 2026 tenhamos:
• Mais produtos de renda fixa tokenizados
• Imóveis fracionados em blockchain
• Expansão de plataformas reguladas de custódia

4. Stablecoins mais presentes no dia a dia

Stablecoins baseadas em dólar e real tendem a ganhar uso massivo graças às regulações mais claras.
pois a diversas Stablecoins sendo atrelada ao dólar, euro, ouro, etc... Tendência de 2026:
• Usos cotidianos (pagamentos e transferências)
• Taxas quase zero
• Adoção por empresas de e-commerce

5. Inteligência Artificial + Blockchain

A convergência entre IA e blockchain será uma pauta forte:
• Redes descentralizadas de IA
• Tokens que representam poder computacional
• Plataformas que utilizam blockchain para rastrear e validar conteúdo gerado por IA

6. Criptos promissoras para acompanhar

Sugestões gerais incluem:
• BTC – reserva de valor consolidada
• ETH – base do ecossistema
• SOL – performance alta para DApps
• AVAX – foco em sub-redes e escalabilidade
• LINK – oráculos para o setor de tokenização
• Tokens de IA (FET, AGIX etc.)

7. Riscos e desafios para 2026 

 Mas nem tudo são flores:
• Políticas de juros globais podem reduzir liquidez
• Regulamentações mais rígidas podem atingir corretoras menores
• Possíveis quedas bruscas por correções de mercado

Conclusão

2026 promete ser um ano de expansão, mas com um mercado muito mais maduro do que nos ciclos anteriores. A era da especulação pura está dando espaço para aplicações reais, tokenização de ativos e utilidade prática.
Para quem acompanha o setor, este é o momento de ficar atento a projetos sólidos, com tecnologia clara e adoção crescente.

Mercado cripto em 2025

 


Mercado Cripto em 2025: Vale a Pena Investir Agora? O Que Ninguém Te Conta

O mercado de criptomoedas perdeu força de acordo com tensões políticas globais em 2025. Com o Bitcoin em queda nesses últimos meses, novos projetos surgindo e investidores buscando alternativas fora do sistema tradicional. Mas a grande pergunta é: vale a pena investir em cripto agora?
A resposta é: sim, desde que você saiba o que está fazendo, sabe dos riscos e sabe do que se trata o ativo e não investe em "DIQUINHA".

A seguir, você vai entender o que realmente importa antes de colocar dinheiro nesse mercado tão promissor quanto volátil.


1. O Bitcoin voltou a liderar a corrida

O Bitcoin continua sendo o principal ativo do mercado.
Motivos que fortalecem o BTC em 2025:

  • adoção institucional crescente

  • oferta limitada

  • busca por ativos de proteção contra inflação

  • tecnologia cada vez mais robusta

  • países e empresas usando como reserva

Ele segue como a principal porta de entrada para quem está começando no mercado cripto, uma moeda estabilizada no mercado e que dificilmente irá a "0". Digamos que é um investimento "seguro".


2. Altcoins ganham espaço, mas exigem cuidado

É qualquer criptomoeda que não seja o Bitcoin, sendo o termo uma junção de "alternative coin" (moeda alternativa). Elas surgiram como variações ou melhorias do Bitcoin, oferecendo novas funcionalidades, como contratos inteligentes (Ethereum), maior velocidade de transações (Solana) ou propósitos específicos, formando um vasto mercado de moedas digitais com tecnologias e aplicações diversas. Ethereum, Solana, Avalanche e outras altcoins estão atraindo novos investidores em 2025.
Elas oferecem:

  • mais velocidade

  • contratos inteligentes

  • oportunidades de valorização maior que o Bitcoin

Mas atenção: elas também carregam mais risco.
Projetos novos podem valorizar muito ou desaparecer da noite para o dia.


3. A era das stablecoins

São criptomoedas projetadas para ter valor estável, geralmente atrelado a um ativo do mundo real como o dólar, euro ou ouro, diferentemente de outras criptos voláteis como o Bitcoin; elas combinam a agilidade das moedas digitais com a segurança de ativos tradicionais, servindo para pagamentos, transferências e armazenamento de valor, sem as grandes oscilações de preço, como a Tether (USDT) ou a USD Coin (USDCs). As stablecoins se tornaram essenciais no mercado:

  • servem como proteção contra volatilidade

  • facilitam transações

  • são usadas em plataformas de rendimento e staking

USDT e USDC continuam dominando, mas novas opções estão surgindo.


4. Staking e rendimento cripto crescem

É o ato de "travar" suas criptomoedas em uma rede blockchain para ajudar a validar transações e proteger a rede, funcionando como um depósito remunerado onde você ganha recompensas (mais moedas) por essa participação, gerando renda passiva sem precisar vender seus ativos, similar a juros, em blockchains que usam o mecanismo Proof of Stake (Prova de Participação). O staking vem se tornando uma forma de obter renda passiva no mercado cripto.
Você “trava” suas moedas e recebe recompensas periódicas.

Mas lembre-se:

  • quanto maior o rendimento prometido, maior o risco

  • use apenas plataformas confiáveis

  • evite projetos desconhecidos com promessas irreais


5. Riscos que o iniciante ignora

Para aproveitar o mercado cripto, você precisa entender os riscos:

  • alta volatilidade

  • quedas bruscas no curto prazo

  • golpes, scams e tokens sem lastro

  • plataformas inseguras

Cripto pode multiplicar seu capital, mas também pode reduzir rapidamente se você não souber o que está comprando.


6. Como começar com segurança em 2025

Para quem está entrando agora, o ideal é seguir uma estrutura simples:

  1. Comece com Bitcoin e Ethereum

  2. Use corretoras confiáveis

  3. Invista apenas o que você pode manter por longo prazo

  4. Evite buscar "moedas do momento" sem estudo.

  5. Não vá em diquinhas                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           Conclusão: mercado cripto continua sendo uma das maiores oportunidades de 2025

Sim, ainda vale a pena investir em criptomoedas.
Mas somente para quem entende que este é um mercado de alto potencial e alto risco.
Se você investir com estratégia, estudo e disciplina, pode aproveitar um dos setores mais promissores da economia digital.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Investindo com R$ 50: o Passo a Passo Simples para Iniciantes



Começar a investir NÃO é um "bicho de 7 cabeças" e muita gente acredita que é preciso ter centenas ou milhares de reais para dar o primeiro passo, mas isso não é verdade. Com apenas R$ 50 já é possível iniciar sua jornada no mercado financeiro e construir patrimônio ao longo do tempo. Neste guia, você entenderá onde investir, como escolher os produtos certos e o que fazer para evoluir com segurança.

1. Defina seu objetivo financeiro
Antes de começar, pense no motivo de investir. Pode ser para montar uma reserva de emergência, acumular dinheiro para o futuro, comprar algo importante ou simplesmente aprender a investir. Ter clareza sobre o objetivo ajuda a escolher os produtos financeiros adequados.

2. Escolha uma corretora segura
O primeiro passo prático é abrir conta em uma corretora de valores. O processo é gratuito, rápido e totalmente online. Procure empresas que sejam reguladas pela CVM e Banco Central. Após abrir sua conta, faça um depósito de R$ 50 para iniciar e ao longo do tempo aumentando os aportes(se possível).

3. Onde investir com apenas R$ 50? 

Vamos tirar a sua dúvida;

a) Tesouro Direto
O Tesouro Direto permite aplicações a partir de valores baixos. Com R$ 50, você já consegue comprar uma fração de títulos como Tesouro Selic ou Tesouro IPCA. É um investimento seguro, ideal para quem está começando. Nesse investimento você estará emprestando dinheiro para o Brasil e recebendo juros e corrigido pela inflação. O investimento mais seguro do Brasil

b) Renda Fixa (CDBs)
Alguns bancos e fintechs oferecem CDBs com aplicação mínima de R$ 1 a R$ 50. Eles têm rendimento previsível e podem ser usados para reserva de emergência, desde que tenham liquidez diária. Nesse outro investimento você estará emprestando o seu dinheiro para bancos e holdings e recebendo juros. Também é um investimento seguro.

c) Fundos de Investimento
Há fundos com aporte inicial a partir de R$ 10 ou R$ 50. Eles funcionam como uma “carteira pronta”, administrada por profissionais. É uma boa opção para diversificação inicial. Nesse investimento você estará dando seu dinheiro para profissionais e ele estará colocando seu dinheiro onde há mais rentabilidade de acordo com estudos. É um investimento arriscado.

d) Ações e FIIs (com frações)
Com R$ 50 é possível comprar frações de ações (o chamado “mercado fracionário”) ou cotas de alguns Fundos Imobiliários mais baratos. Essa é uma opção para quem deseja aprender renda variável, mas exige estudo e tolerância a oscilações. Nesse outro tipo de investimento você estará colocando seu dinheiro em empresas(se for ações) e querendo lucro da mesma para receber dividendos (lembrando em ações você está investindo no mpdelo de negócio da empresa). Já em FIIs você estará investindo em imóveis sem ter um(se for de tijolo) ou em dívidas de empresas(se for de papel) e ganhará proventos mensalmente dos FIIs.

4. Comece pequeno e aporte sempre que possível

Os resultados aparecem com constância. Aporte R$ 50 por mês, R$ 100 ou o que você puder. O efeito dos juros compostos faz seu patrimônio crescer de forma acelerada ao longo do tempo.

No livro A Psicologia Financeira, de Morgan Housel, o capítulo 6 (Devagar e Sempre) fala sobre a importância da constância

Vejamos o que aconteceria se você economizasse 1 dólar por mês de 1900 a 2019.

Você poderia investir aquele 1 dólar em qualquer bolsa de valores dos Estados Unidos todos os meses, faça chuva ou faça sol. Não importa se os economistas estão alardeando que há uma recessão a caminho ou que o mercado de ações vai despencar. Você simplesmente continua investindo. Vamos chamar a investidora que adota essa postura de Sue. No entanto, investir durante uma recessão pode ser assustador demais. Então, talvez você invista seu 1 dólar no mercado de ações quando a economia não está em recessão, venda tudo quando ela está em recessão o guarde o seu 1 dólar mensal em dinheiro, e invista tudo de volta no mercado de ações quando a recessão terminar. Vamos chamar esse investidor de Jim. Ou, talvez, leve algum tempo até que uma recessão o assuste, e depois mais algum tempo para recuperar a confiança antes de voltar ao mercado. Você investe 1 dólar em ações quando não há recessão, vende as ações seis meses após o início de uma recessão, e volta a investir seis meses depois do fim dela. Chamaremos esse investidor de Tom.Quanto dinheiro esses três investidores teriam ao fim desse período?

Sue teria 435.551 dólares

Jim teria 257. 386 dólares.

E Tom teria 234.476 dólares

Sue venceria com folga.Foram 1.428 meses entre 1900 e 2019. Pouco mais de trezentos deles sofreram recessões. Portanto, ao manter a calma quando a economia estava em recessão (ou perto de uma), o que representa apenas 22% do tempo, Sue termina com quase 75% a mais que Jim ou Tom.

5. Evite erros comuns de iniciantes

  • Não invista sem estudar o básico.

  • Não coloque todo o dinheiro em apenas um ativo.

  • Fuja de promessas de ganhos rápidos e garantidos. 

  • Tenha paciência: investir é um processo de longo prazo.

6. Use o tempo a seu favor
Mesmo começando com pouco, o fator mais poderoso é o tempo. Investir R$ 50 por mês durante anos pode gerar um patrimônio significativo, principalmente em investimentos que acompanham os juros compostos.

"Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo. Quem os compreende, os ganha. Quem não os compreende, os paga." Albert Einstein.

Conclusão
Investir com pouco dinheiro é totalmente possível e acessível. O mais importante é dar o primeiro passo, aprender continuamente e manter disciplina. Com R$ 50 você já pode entrar no mundo dos investimentos e, aos poucos, transformar suas finanças.

Se Você Está Começando na Bolsa em 2025, Pare de Cometer Esses 3 Erros

 


3 Erros que Estão Destruindo o Dinheiro dos Iniciantes na Bolsa em 2025

Investir na Bolsa ficou mais popular do que nunca, mas muitos iniciantes continuam cometendo erros que custam caro. Em 2025, com juros caindo e o mercado mais volátil, identificamos 4 erros comuns e mais perigosos. São eles:

1. Comprar ações sem entender o setor

Muita gente compra ações só porque estão “baratas”, mas esquece de analisar a empresa.
Sem estudo, o risco aumenta e a chance de prejuízo também. Você não compra por causa da rentabilidade ou porque seguiu "diquinha". Você compra o modelo de negócio da empresa.

"invista no que você conhece" Peter Lynch.

2. Vender na primeira queda

Queda não significa problema. Significa mercado. Ainda se você investe em ações que são de commodities, como a PETR4, VALE3, KLBN11, etc.... Ação de commodities está diretamente atrelada ao preço da mesma. Ex: se o preço do petróleo cai normalmente o preço de uma ação da petrobras itá cair também. Quem vende por medo perde a chance de recuperar e ainda cristaliza o prejuízo.

“No mercado de capitais, o órgão mais importante é o estômago, não o cérebro” Peter Lynch.

3. Não diversificar

O Prêmio Nobel de Economia ligado à diversificação de ativos foi concedido a Harry Markowitz em 1990 por sua Teoria Moderna de Portfólio (MPT), que provou matematicamente que combinar ativos com correlações diferentes (diversificar) reduz o risco da carteira sem sacrificar retorno, sendo um conceito fundamental conhecido como o único "almoço grátis" nos investimentos, e influenciando como gestores e investidores constroem portfólios otimizados.

Colocar todo o dinheiro em uma ação ou FII é arriscado demais. Diversificar é a forma mais simples de proteger o patrimônio.

Conclusão

2025 será um ano de oportunidades  mas só para quem evitar esses erros básicos.


Peter Lynch: é um investidor, ex-gestor de fundos, escritor e filantropo norte-americano. Ele é uma estrela do mercado de capitais dos Estados Unidos, status que atingiu como administrador do fundo mútuo Fidelity Magellan, de 1977 a 1990.

Correlação diferente: quando um ativo baixa o outro sobe. Ex: quando a Taxa SELIC baixa a renda variável sobe e a renda fixa baixa, e assim vice versa.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

KNSC11, MXRF11 e KNCR11: Qual é o Melhor Fundo Para Renda Mensal?

 


KNSC11, MXRF11 e KNCR11: Vale a Pena Investir Esses FIIs em 2025?

Os Fundos Imobiliários (FIIs) seguem entre as opções preferidas de quem busca renda passiva e investimentos com estabilidade. Entre os mais procurados da Bolsa estão KNSC11, MXRF11 e KNCR11, três fundos de segmentos diferentes, mas todos populares pela boa liquidez e histórico consistente.

A seguir, veja uma análise simples e direta de cada um deles.


KNSC11 – Kinea Securities

O KNSC11 é um FII de papéis (CRIs) gerido pela Kinea, uma das maiores gestoras do país. É um fundo híbrido (57% IPCA e 40% CDI), ele busca investir em títulos de crédito imobiliário de alta qualidade, normalmente com foco em empresas sólidas e projetos com garantias robustas.

Pontos fortes

  • Gestão reconhecida

  • Foco em CRIs de menor risco

  • Distribuições estáveis

  • Bom histórico de rendimentos mensais

Para quem é indicado

Investidores que buscam estabilidade e renda previsível, mas não querem fundos de risco elevado.


MXRF11 – Maxi Renda

O FII "queridinho" da maioria MXRF11 é um dos FIIs mais populares da Bolsa, com mais de 800 mil cotistas. É um fundo híbrido (74% IPCA , 10% CDI e 10% FIIs) , mas com maior peso em CRIs , o que o aproxima de um fundo de papel.

Pontos fortes

  • Alto número de cotistas (facilita liquidez)

  • Pagamentos mensais consistentes

  • Preço da cota acessível

  • Diversificação em CRIs e alguns imóveis

Para quem é indicado

Investidores iniciantes ou quem busca renda mensal sem investir valores altos.


KNCR11 – Kinea Renda Imobiliária

O KNCR11 também pertence à Kinea e é focado em CRIs de baixo risco, normalmente indexados ao CDI (90% da sua carteira). É conhecido por ser um fundo mais conservador, com volatilidade baixa.

Pontos fortes

  • Um dos FIIs mais previsíveis da categoria

  • Segurança e foco em crédito high grade

  • Bom fundo para momentos de juros altos

  • Não costuma ter grandes oscilações na cota

Para quem é indicado

Investidores que buscam segurança e estabilidade de renda, principalmente quando a taxa Selic está elevada.


Qual é o melhor para investir agora?

Cada fundo tem vantagens específicas, então o “melhor” depende do objetivo do investidor:

  • Quer segurança máxima? KNCR11

  • Quer renda acessível e boa liquidez? MXRF11

  • Quer equilíbrio entre risco e retorno? KNSC11

Muitos investidores montam carteira com 2 ou até os 3 FIIs, diversificando entre CRIs de perfis diferentes.


Conclusão

KNSC11, MXRF11 e KNCR11 são três dos FIIs mais buscados por quem deseja começar ou fortalecer uma carteira de renda. Todos têm histórico sólido, boa liquidez e distribuições mensais atrativas características essenciais para quem quer investir com foco em rendimento.

Se você está montando sua carteira para 2025, esses fundos podem ser excelentes candidatos.

Fundos Imobiliários de Papel ou de Tijolo: Entenda as Diferenças Antes de Investir

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